O Potencial Solar na transição energética

O Potencial Solar na transição energética

3 de maio de 2020.
Domingo.
Dia da Mãe.
Dia que assinalou o fim do Estado de Emergência (COVID’19) em Portugal.
Dia Internacional do Sol.

3 de Maio foi dia de acreditarmos que todos fazemos a diferença.
Que todos temos o potencial de sermos portadores de boa energia!
Dia do Sol.

Domingo, para uns o último dia da semana, para outros o primeiro. Em latim Dia do Senhor, na cultura pagã, Dia do Sol.

O Sol é a fonte de vida na Terra. Esta frase, simples, mostra-nos como todos os tipos de dependências têm impacto na Vida e nos quotidianos das pessoas.

A NASA (National Aeronautics and Space Administration), na sua página online, nas dez curiosidades que enuncia sobre o Sol, destaca a importância desta fonte de energia para a Vida na Terra:

ENERGY FOR LIFE – Without the Sun’s intense energy, there would be no life on Earth.”

https://solarsystem.nasa.gov/solar-system/sun/overview/

Se o Sol é Vida, então sejamos nós capazes de reter, transformar, potenciar e distribuir, o máximo que a fonte nos dá!

Até hoje o desenvolvimento económico da Terra, ao nível planetário, tem sido baseado na exploração e utilização de fontes de energia fósseis, não renováveis e, poluentes. Ser não renovável, é ter um fim anunciado e uma alternativa em urgência. Abre-se assim, espaço para a emergência de novas formas de energia, que coloquem as energias renováveis no centro da produção e da produtividade económicas, pelo desenvolvimento sustentável de Brundtland para o Nosso Futuro Comum (1987, in  https://sustainabledevelopment.un.org/content/documents/5987our-common-future.pdf).

Mas, se Nicolau Copérnico contestou a Teoria Geocêntrica de Ptolomeu, afirmando com a Teoria Heliocêntrica, que na organização do sistema solar, a Terra gira em torno do Sol, então impõe-se cada vez mais uma tomada de consciência centrada no contributo individual e colectivo, sobre o potencial desta fonte de energia, o Potencial Solar. E hoje, Dia Internacional do Sol, sejamos então conscientemente heliocêntricos.

A transição energética e a descarbonização da sociedade far-se-á da estreita articulação entre fatores-chave: cidadão, tecnologia, comunidade. Por esta ordem. Ou seja, a descarbonização da sociedade, far-se-á com ela própria, assente no colectivo, apoiada pela acção individual de cada um de nós.

A tecnologia apresentará soluções cada vez mais eficientes ao nível da menor necessidade de recursos para uma maior produtividade energética ao mesmo tempo, que o acesso a tecnologia ambientalmente mais eficiente, coloca o cidadão no centro da solução.

Desta forma, a transição energética em curso passará cada vez mais pela participação efectiva do cidadão através do desempenho da dupla função de consumidor e produtor de energia.

Mas como assim? Passaremos nós, enquanto munícipes e fregueses, a ter o nosso sistema individual de produção de energia, em casa? Sim e não!

O munícipe passa a ser um agente activo do sistema de produção e consumo energético. Por um lado, um munícipe informado, tem capacidade crítica para fazer escolhas eficientes no momento da compra dos equipamentos e da contratação dos serviços de fornecimento. Por outro lado, um munícipe informado é também um potencial produtor, e nesse âmbito, a sua escolha tem reflexos ao nível da produção de energia: auto consumo e exportação do excedente para a rede.

Assim, nem todos teremos o nosso sistema individual de produção energética, mas sim, enquanto receptores da energia injectada na rede pelos vizinhos, estamos na comunidade a consumir o excedente energético individual do vizinho, e com isto a sustentar a rede de auto consumo, em comunidade.

Na Europa, a utilização de energias renováveis, com enfoque no reforço ao nível do auto consumo, individual e colectivo, foi instituída pela Diretiva 2018/2001, de 11 de dezembro de 2018 ( https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=celex:32018L2001 ) revista em 2019 ( https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/LSU/?uri=CELEX:32018L2001  ).

Em Portugal, o auto consumo individual e colectivo e as comunidades de energia, chegam pela publicação do Decreto-Lei 162/2019 de 25 de Outubro, que transpondo a directiva europeia, enquadra e incentiva o auto consumo. Desta forma, ficam os cidadãos, empresas e entidades públicas habilitados a produzir, auto consumir, armazenar e vender energia produzida, através de recursos renováveis, tornando-se desde logo, agentes activos no quadro da transição energética.

E em casa, qual a fonte de energia renovável mais à mão? O Sol. A energia solar.

Todos, em nossas casas, temos sol, recebemos sol, precisamos de sol e, em função de cada habitação, poderemos também produzir energia a partir do sol que recebemos.

O sol, enquanto fonte de energia, é renovável. O processo de transformação da energia em electricidade é silencioso e não poluente! O sistema de produção de energia é de fácil instalação e não carece de manutenção.

A energia solar permite reduzir a dependência externa, e com isso baixar a despesa do agregado familiar com o fornecimento de energia através da contratualização com um prestador de serviços. Em caso de venda do imóvel, a autonomia energética (ainda que possa ser parcial e em complementaridade com a rede comercial) é, inequivocamente, um fator de valorização patrimonial.

Como podemos ser munícipes auto consumidores e produtores? Qual o investimento necessário para maximizar o retorno?

Caso não saiba, e acreditamos que ainda não saiba, o Potencial Solar ( https://www.potencialsolar.pt/ ), responde. E se para o seu Município a simulação não estiver disponível, saiba que brevemente vai poder ser um munícipe energeticamente activo e incentivar a sua autarquia a ser um território energeticamente eficiente.

Contamos com o seu Potencial, e por que 3 de Maio foi Dia Internacional do Sol, seja heliocêntrico, e participe na transição energética do seu Município.