Imagens de Satélite vs. Fotografia Aérea vs. Imagens de Drones – Superfície

Imagens de Satélite vs. Fotografia Aérea vs. Imagens de Drones – Superfície

A dimensão de alguns países menos desenvolvidos, associada à inexistência de meios nacionais para executar fotografia aérea, conduziu a uma assunção generalizada de que a melhor solução para uma cobertura sistemática de informação geográfica do território de uma nação seria uma cobertura de imagens de satélite.

Neste sentido, realizaram-se vários investimentos em coberturas avulsas de imagens de satélite em diversos pontos do mundo, sem a preocupação de garantir coberturas nacionais de informação geográfica sistemática, fiável e com resolução e precisão adequadas à procura generalizada dos diferentes actores, públicos e privados, do desenvolvimento dessas nações.

A dimensão geográfica do país não pode ser o critério mais importante na decisão da solução tecnológica para obtenção de uma cobertura de imagens nacional, nem muito menos o único. Em matéria de política de desenvolvimento nacional, a qualidade da informação geográfica de base no que respeita à resolução e exactidão é crucial na concretização dos objectivos definidos pelos diferentes Governos.

Da mesma forma, a massificação dos drones enquanto meios utilizados na produção de filmes publicitários, fotografia panorâmica para media e em alguns trabalhos para fins cartográficos de reduzida dimensão, introduziu de forma ruidosa uma percepção no mercado de que estaríamos perante uma tecnologia adequada à produção de bases cartográficas, com a dimensão e exactidão suficiente para fazer face às necessidades governativas de um determinado território. Esta percepção inadequada conduziu em muitos casos ao gorar de expectativas relativamente aos resultados que se podem alcançar com uma solução baseada neste equipamento e à grave desinformação relativamente às tecnologias a aplicar em cada caso onde as bases cartográficas são necessárias.

Existem diferenças claras e objectivas na solução técnica a empregar quando se pretende, por exemplo, observar as alterações anuais de grandes áreas de floresta numa determinada zona geográfica, suportar acções decisivas de ordenamento do território ou, virtualizar a 3D um determinado edifício. A disrupção e inovação tecnológica é fundamental, desde que devidamente contextualizada à sua aplicabilidade.